(Davi) Vermelho 6 x 5 Branco (Golias)
Ao analisar-se as escalações dos dois times a lógica apontava que seria o confronto mais desequilibrado da história dos PEREBUDOS. Todas as estrelas estavam no time branco, ao passo que o time vermelho contava com jogadores de capacidade técnica limitada, mas de muita raça. E como sacanagem pouca é bobagem, ainda, de última hora, Israel e Cerutti confirmaram presença e foram escalados no time branco e vermelho, respectivamente. Ao menos, para diminuir um pouco o evidente desequilíbrio, André Felizardo foi para o jogo pelo time vermelho.
Vale destacar aqui algumas frases ditas antes da partida pelo time branco:
"Vamos abrir 6 e depois administrar"
"Vou marcar 5 gols hoje"
"Esse jogo vai entrar para a estatística como a maior goleada".
"Eu sou imarcável!"
Todavia, o jogo é jogado no campo e ninguém ganha na véspera.
Em razão da notória desvantagem técnica a equipe vermelha teve que adotar uma tática revolucionária para surpreender. Foi aí que o técnico Rony criou o esquema do carrossel betuminoso. Nenhum jogador tinha posição fixa e deveria marcar individualmente o adversário o campo todo. Foi assim que o time vermelho à lá Chelsea, se segurava na defesa e saía nos contra-ataques. Nesse estilo, a defesa vermelha não dava folga e por mais que a equipe branca tentasse, não conseguia marcar gols.
Tanto que o primeiro gol da partida foi marcado aos 31 minutos de jogo. Na cobrança de escanteio Gemelli percebeu Edu livre e rolou a bola para o chute de primeira, Zanon rebateu e Moisés completou para o gol.
Logo em seguida, outro escanteio. Dessa vez a cobrança atravessou toda a área e encontrou Moisés livre para acertar belo chute de primeira no contra-pé de Zanon. Moisa, aliás, fez sua melhor partida no ano.
O time branco parecia não acreditar no que estava acontecendo. Ia para o ataque mas parava no sólido sistema defensivo dos vermelhos. Arthur e Fuzzi não davam espaço e quando sobrava alguma bola Rony estava lá para segurar.
E nos contra-ataques os vermelhos foram abrindo vantagem. Rony lançou a bola para Gemelli, que dominou e tocou no canto de Zanon. 3 x 0.
Na sequência Edu, atuando na ponta esquerda, cruzou a bola para a área e Gemelli subiu mais do que Zanon para marcar de cabeça 4 x 0.
Mas o esquema de jogo do time vermelho desgastou os atletas que não conseguiram manter a mesma eficiência nos últimos 15 minutos da partida.
Assim a equipe branca marcou dois gols seguidos, com Israel entrando com bola e tudo e Evandro, aproveitando cobrança rápida de falta de Murilo.
Mas os vermelhos continuaram jogando com raça e primando pelo jogo coletivo. Foi assim que Basileu recebeu a bola na direita do ataque e viu Gemelli passando do outro lado. Ele rolou a bola de uma extremidade à outra da quadra, passando entre dois adversários, para Gemelli que encheu o pé de primeira estufando a rede: 5 x 2.
Logo após Michel lançou-se ao ataque e fez bonito gol em chute cruzado que pegou na trave antes de entrar: 5 x 3.
André Felizardo (a arma secreta do time vermelho) foi lançado e marcou o seu ampliando o placar para 6 x 3.
Os brancos ainda tentaram um gás final para fazer valer "o time pra ganhar sem disfarce" montado. Murilo (o cara da toquinha de natação) escorou cruzamento de canela e fez 6 x 4.
No último suspiro Murilo enfiou uma bicuda na cobrança de escanteio, a bola desviou em Arthur, bateu ainda em Gemelli e foi para o gol. Gol contra: 6 x 5.
O resultado final mostrou que a organização supera a individualidade. O jogo coletivo é mais produtivo que o futebol galáctico.
VERMELHO: Rony, Arthur, Fuzzi, Gemelli (3), André Feliz (1), Moisés (2), Cerutti, Edu e Basileu.
BRANCO: Zanon, Seu Henrique, Michel (1), Israel (1), Evandro (1) Chico, Murilo (2), Big Fly.
by Gemelli
